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Planejamento Futuro


O último Relatório de Avaliação Quadrienal (2013-2016) da CAPES contribuiu para uma reavaliação institucional do Programa, desencadeando um processo de reestruturação institucional em 2017, visando corrigir o ponto negativo observado no quadriênio vigente (2017-2020). Em consequência, o ponto então destacado naquela avaliação como dificuldade do Programa já constitui hoje ponto forte elencado a seguir na auto avaliação:

 

- Distribuição de publicações qualificadas em relação ao corpo docente permanente do Programa.

- Para corrigir a assimetria observada na produtividade dos DP, foi realizado o credenciamento de novo quadro de DP, todos com produção intelectual nível 6 ou 7. Além disso, está sendo incentivada a publicação de artigos em periódicos A, através de financiamento pelo Programa das taxas de tradução e de publicação, sempre que possível. É importante reconhecer, em que pesem os avanços observados no ponto assinalado pela CAPES, que certamente ainda persistem desafios a serem enfrentados. O principal deles é o de intensificar e aprofundar ainda mais o bem-sucedido processo de internacionalização do Programa, ampliando o atual fluxo internacional de docentes e discentes e outras iniciativas de cooperação internacional. A internacionalização do Programa favorecerá principalmente a qualidade das produções intelectuais dos docentes permanentes. Em 2017, recebemos o cientista Wieland Meyer que é docente e pesquisador da Universidade de Sydney (USYD), na área de Micologia, Chefe do Laboratório de Micologia Molecular e Vice-Presidente da International Society for Human and Animal Mycology (ISHAM), que colabora com o Prof. Bodo Wanke, docentes permanenetes do nosso programa. Wieland também coordena uma Rede Internacional de Pesquisa na área, financiada pelo NIH e outras fontes, e é autor de mais de 100 artigos publicados em revistas internacionais. Outra medida tomada, a partir de 2014, foi a oferta de disciplina em língua inglesa (pelo Prof. Wieland Meyer), em colaboração com o prof. Bodo Wanke, docente permanente do nosso Programa. Também em 2017, recebemos o Dr. Matti Kiupel, da Michigan State University, EUA, autor de mais de 200 artigos publicados em revistas internacionais. Ele ministrou a aula inaugural do programa e o curso de 40h intitulado “International Course on Immunohistochemistry, Molecular Pathology and Histopathology for the Diagnosis of Infectious Diseases, em colaboração com o docente permanente o Dr. Rodrigo Caldas Menezes. Tivemos em 2017 no Programa, 4 alunos estrangeiros, sendo 02 de doutorado (uma norte americana e um moçambicano) e 02 de mestrado (uma peruana e um moçambicano). O Programa participa do Programa de Cooperação Internacional de Pós-graduação em Ciências da Saúde, que é resultado de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), tendo um mestrando orientado pela docente permanete do nosso Programa a Dr.ª Rosely Zancopé.

 

Planejamento Futuro

 

As rápidas mudanças no cenário global e os desafios colocados pela aceleração da competitividade internacional vêm impondo, a países como o Brasil, a necessidade urgente de fortalecimento da ciência, da tecnologia e da inovação no campo de doenças infecciosas. Esta estratégia será crucial para a saúde internacional nas próximas décadas, num contexto global de mudanças climáticas, sociais e comportamentais cada vez mais complexo, favorecendo a disseminação de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. As mudanças implementadas ao longo do quadriênio 2013-2016 pela sua Coordenação de Pós-Graduação, estimuladas pelas avaliações da CAPES, bem como a captação de recursos, vêm possibilitando a reestruturação do Programa e assegurando sua contribuição na formação de jovens pesquisadores integrados a grupos de pesquisa de excelência e atração de pesquisadores ao seu Programa de Pós-Doutorado já constituído. Um bom exemplo é a participação de docentes do curso nas Atividades Complementares, na co-autoria do artigo Randomized Trial of Benznidazole for Chronic Chagas' Cardiomyopathy publicado no New England Journal of Medicine em colaboração com 124 outros pesquisadores de diversas instituições renomadas e do artigo RePORT International: Advancing Tuberculosis Biomarker Research Through Global Collaboration publicado na Clinical Infectious Diseases em parceria com vários pesquisadores internacionais, entre outras conquistas na produção científica relacionadas a outros agravos no âmbito deste Programa, como destacado mais adiante nas 5 produções mais relevantes incluídas no Coleta CAPES. Este processo teve continuidade e foi aprofundado no decorrer de 2017, tendo em vista o salto de qualidade projetado pela CPG do Programa para o quadriênio 2017-2020, em uma perspectiva estratégica de longo prazo.

É importante destacar que não é suficiente, numa visão imediatista e de curto prazo, assegurar a melhoria da rede global de vigilância em doenças infecciosas emergentes e reemergentes, como, por exemplo, a recente experiência vivida pelo Programa, no âmbito do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, como referência nacional na preparação para um eventual ingresso do vírus Ebola no país, além dos surtos pelos vírus Zika, Chikungunya, dengue e, mais recentemente, da febre amarela. É necessário ir muito além, assegurando a excelência científica que permita sustentar a pesquisa científica em apoio a esta estratégia no longo prazo, orientada, numa perspectiva translacional, para a inovação e para a pesquisa como componente essencial no desenvolvimento de processos e produtos de interesse para a saúde pública. Com esta perspectiva, o Programa estabeleceu, consolidou e fortaleceu ao longo dos três últimos anos projetos colaborativos e integrados de pesquisa. Esses projetos vêm permitindo o necessário fluxo da pesquisa básica à medicina translacional e a realização de pesquisas que integrem a saúde humana, animal e o meio ambiente (“One Health”). As reformulações implementadas pela Comissão de Pós-Graduação permitiram ao Programa assegurar, como se vê neste Relatório, um salto no seu desempenho científico e tecnológico, o que já vem possibilitando ao curso reconhecimento internacionais pelas destacadas produções científicas em revistas internacionais de impacto aqui elencado.

O planejamento volta-se, portanto, ao desafio de fortalecer o seu processo de internacionalização, transcendendo as fronteiras nacionais e buscando sua consolidação como centro de excelência científica e referência internacional. Esta estratégia de ampliação da cooperação científica internacional, já iniciada com sucesso no quadriênio de 2013-2016, com ampla participação discente e elevada captação de recursos de fontes internacionais, vem permitindo fortalecer e acelerar o processo de internacionalização deste Programa. Com a transformação do INI pelo governo federal no Instituto Nacional de Infectologia (Portaria 1460 de 21/12/2010, Ministério da Saúde), a sua Pós-Graduação Stricto Sensu vem se reorganizando para ampliar a sua internacionalização e desempenhar papel de destaque no enfrentamento das doenças infecciosas emergentes e reemergentes e em apoio à saúde global.

Como medidas específicas de planejamento futuro para a melhoria do Programa, incluímos:

- Captação de alunos de residência médica (médico pesquisador) para realização conjunta de sua residência em Doenças Infecciosas no INI com o Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas em nosso Programa, conforme o sugerido na Última reunião da área de Medicina da CAPES em 2017.

- Captação de alunos de especialização multiprofissional em Doenças Infecciosas do INI para que iniciem seu mestrado após o término de sua especialização em nosso Programa.

- Inclusão de aulas em língua estrangeira, particularmente inglês ou espanhol, no quadro de disciplinas obrigatórias e/ou optativas do Programa.

- Reavaliação dos créditos e das disciplinas obrigatórias e optativas do Programa, visando a adequação para melhoria do processo ensino-aprendizagem, com melhora consequente na formação dos discentes.

- Capacitação dos discentes para a docência em Ensino Superior, com a inclusão de metodologias ativas de ensino.

- Aumentar o fluxo de docentes e discentes para o exterior, para capacitação a nível de pós-doutorado e doutorado sanduíche, respectivamente.

 


(De acordo com Proposta da CAPES – ano base: 2017)

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